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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Agilidade de um homem


Estava distraído e na minha distração
Não percebi um baleiro vendendo doces
Mas logo após uma curva prestei atenção
Pois quase ele caia se agil não fosse.

O ônibus estava vazio e todos sentados
Só ele de pé, com mochila e saco de balas
Cena normal, mas todos abismados
Era cego aquele que oferecia as balas.

Não que um cego mereça pena
É uma pessoa normal como outra qualquer
Mas qualquer um que tivesse visto a cena
Sentiria-se incomodado ao vé-lo de pé.

Após as curvas em alta velocidade
O baleiro cego equilibou-se
Voltando tudo a normalidade
Ele continuou vendendo seus doces.

2 comentários:

Givanildo Souza disse...

Gostei das suas inquietações!
Valeu!

# Poetíssima Prida disse...

Minha nossa..
me desequilibrei ao ler e voltei ao meu normal...
Lembrei-me de um texto de Clarice L., em que a mesma produziu um eu lírico que perdeu o chão por ver um cego masclar chicletes...

Parabéns.

Obrigada pela visita ao meu espaço, és sempre bem vindo..

Abraços..#