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sábado, 26 de dezembro de 2009

Salvador e seus bairros


Seja num ponto de ônibus ou num programa de televisão nos surpreendemos com os nomes de alguns bairros em Salvador e até mesmo fazemos piadas com seus nomes chacoteando os moradores, claro que sem preconceito, sem desmerecer os residentes. Como exemplo, cito o bairro Pau Miúdo, dizem que o nome se deve ao tamanho do pênis dos moradores de lá. Porém cuidado ao afirmar isso na frente de um deles, pois pode querer provar o contrário.
Outros moradores de bairro que levam o pau, é o Pau da Lima, já os moradores de lá dizem ser melhor ser do Pau da Lima do que ter o pau miúdo. Dos moradores das Cajazeiras dizemos que sofrem de isolamento, pois dificilmente conseguem encher a casa de amigos de outros bairros em suas festas de aniversários, apesar do bairro pertencer a Salvador dizemos que faz parte do interior devido a distância do centro da cidade, sem contar que são “mais de trinta” Cajazeiras, só quem mora lá pra saber em qual delas está. Tudo bem, não são mais de trinta, mas você sabe quantas são? Se souber é morador de uma delas. Sem contar que dizem que a 09 não existe, pula de 08 pra 10.
Ainda temos bairros com nomes estranhos como Calafate e Calabetão e os com nomes engraçados como Vale da Muriçoca, Altos das Pombas, Congo, Planeta dos Macacos, Baixa da Égua, Baixa do Tudo e Queimadinho, temos também Santa Cruz, Bairro da Paz que também são famosos pela violência e pelo tráfico de drogas apesar de terem nos nomes a cruz e a paz.

Tem muitos outros bairros com nomes engraçados, exóticos ou que são motivos de piadas ou contradição, vou deixar que vocês leitores deste blog possam contribuir com esses nomes, mesmo que sejam de outras cidades/estados, e aí vamos lá?!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Deu merda


Estava curtindo o sol na praia do Farol da Barra e a todo o momento passava por mim vendedores ambulantes vendendo queijo coalho, fiquei com medo de comprar, porém o cheiro que subia dos queijos sendo assados na brasa para as pessoas ao redor me deixava louco de vontade, então não pude resistir, apesar do medo de ter uma dor de barriga. Afinal o sol estava de rachar e essa é uma das praias onde o calor é mais intenso devido ao muro de pedra que separa a areia do asfalto, um pouco acima do nível da areia.


Sabe aquele ditado: “dor de barriga não dá um vez só”, pois é Já perdi as contas de quantas vezes tive uma, sou um servo da latrina sempre que ela me chama eu compareço o problema é que ela só chama nos momentos mais inusitados, lembro de uma vez ainda adolescente quando pela manhã peguei um buzú lotado pra ir à escola no bairro da Ribeira e apenas alguns pontos após a dor de barriga chegou, nossa eu suava frio, tinha vertigem e arrepios constantes, pedia a Deus pra chegar logo na escola. Nesse momento você confessa todos os seus pecados e pede perdão a Deus.


Quem já passou por isso sabe do que estou falando, é assim mesmo. Quando estava chegando próximo a escola, faltando uns três pontos apenas senti que não conseguiria chegar lá e pensei, “deu merda”. Saltei correndo do buzú e invadi o Shopping da Ribeira que ainda estava fechado aquele horário, passei correndo pelo segurança que me seguiu desesperado e eu mais ainda e gritando “não sou ladrão só preciso ir ao banheiro” e ele me mandando parar... imagina... Parar uma porra pensei... Entrei no banheiro e sentei no trono amigo, sim nesse momento ele é amigo.


O segurança veio com uma conversa dizendo que infelizmente eu não poderia permanecer no local, creio que não acreditava que realmente eu estava com dor de barriga ou diarréia, até que ele ouviu uma explosão daquelas - acredite - eu estou contando isso, então ele saiu do banheiro e me deixou concentrar em paz, deve ter ficado com pena de mim. Ainda bem, pois cagar conversando é dose.


Ah não venha me dizer que você defeca, todo mundo caga, ninguém defeca ou faz fezes, caga mesmo, afinal se não cagasse ninguém seria chamado de cagão ao fazer nas calças. Enfim, esse queijo coalho me fez relembrar este momento cômico da minha vida, pois passei minha tarde todinha sem poder sair do Shopping Center Lapa, pois lá havia vários tronos amigos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Travesseiro PET


Passeando pelo Morro do Cristo, observei o mendigo deitado à sombra de um coqueiro na maior liberdade e tranqüilidade de um dos locais mais lindos da cidade. Próximo a ele, havia uma dupla de policiais fazendo o policiamento ostensivo, lhe garantido a tranqüilidade, além de casais de namorados que também estavam deitados desfrutando da beleza do local.

Não tinha como deixar de fazer a comparação entre quem estava deitado ali para curtir um momento de lazer e quem estava deitado para descansar da vida, do cansaço de viver a cada dia sem saber o que será do amanhã, sem perspectivas, a não ser a de conseguir um prato de comida para sobreviver nessa cidade que, apesar de linda, ostenta um dos piores índices nacionais em desigualdade social e desemprego.

A minha conclusão da comparação entre eles, é que tanto o rico como o pobre ou aquele que tem uma melhor condição e o que não tem nenhuma condição de sobrevivência a não ser a mendicância, pode desfrutar do que Deus deixou para toda a humanidade, a natureza. O Céu seja azul durante o dia ou numa noite estrelada, o mar, as paisagens naturais, a brisa e a sombra dos coqueiros.

Porém, chegará um momento em que os casais repousarão em seus lares e deitarão em suas camas box e travesseiros ortopédicos enquanto aquele pobre mendigo levara a garrafa pet com água para beber que também lhe serve como travesseiro para outro local, a fim de se proteger do frio da noite e das maldades humanas, até que chegue o dia seguinte e ele possa desfrutar daquilo que Deus deixou para ele, a natureza.
Foto: Leandro de Assis

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Piratas na Baia de Todos os Santos


A Travessia Plataforma/Ribeira estava desativada desde o ano de 1994, as estruturas dos dois terminais hidroviários estavam arruinadas e serviam de ponto de tráfico e uso de drogas, até que o atual prefeito João Henrique Carneiro reformou as estruturas e colocou novas lanchas para fazer a travessia.

Um dos motivos que levou os terminais a serem abandonados foi principalmente a falta de segurança no Terminal Hidroviário de Plataforma, vivia sendo assaltado, tanto o terminal quanto as pessoas que necessitavam utilizar o transporte. Após a reforma, a Guarda Municipal faz a segurança do local, porém não tem dado resultado, pois a nova modalidade dos assaltantes é a pirataria.

Uma pequena embarcação (canoa) aproxima-se da lancha no meio da travessia e dois assaltantes que estão dentro do transporte anunciam o assalto, obrigam o comandante a parar a embarcação, fazem à limpa nos passageiros e pulam para a canoa com os pertences dos passageiros.

Pra quem pensa que piratas é coisa do Caribe ou do Mar Mediterrâneo, na Bahia também tem piratas. Mas sem papagaios, macacos, heróis e sem bandeiras com o tradicional símbolo pirata, apenas uma canoa e algumas armas de fogo que vulgarmente também são conhecidas pelos marginais como canhão. Espada é coisa de filme.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Depois de velho


Estava sentado na Praça da Piedade esperando minha noiva sair do trabalho quando de repente algo inusitado aconteceu um senhor de idade tira o pênis pra fora e começar a urinar, na frente de todos, como se fosse uma criança.

Pensei... realmente ele deve estar na “melhor idade”, não é assim que dizem quando alguém chega à velhice? Pois é, comecei a lembrar de momentos de aperto que passei aqui em Salvador, à procura de um sanitário público para não fazer o mesmo que o velho fez mais não encontrei, o jeito foi segurar até em casa.

Como dizem, depois de velho voltamos a ser como crianças, o primeiro sinal então deve ser esse, o de retirar o pênis na frente de todos numa praça pública, sem se importar com o casal de namorados que estava ao lado, com os outros idosos e idosas que estavam na praça e nem com os pombos, coitados.

As pessoas que estavam próximas acharam graça do ato, acho que não acreditando no que estava presenciando, será que se fosse eu, aos 27 anos que tirasse o instrumento das calças as pessoas iriam rir? Acredito que os homens dos dois casais de namorados próximos iriam me chamar pra briga. Não, pode parar por aí, não estou desejando sair tirando o meu não, só estou dizendo que não achei graça, a cena foi ridícula e que estou indignado com isso. Não se fazem mais velhos como antigamente.

domingo, 15 de novembro de 2009

O multiculturalismo abrilhantou a edição IV do Fala Escritor


Consolidado com um dos bons eventos literários em Salvador, o Fala Escritor, na noite de sábado (14/11), inovou trazendo uma exposição de telas de pintores sergipanos.
Outra novidade foi a participação do público infantil, não somente como expectador, mas fazendo parte da programação, recitando poesias. A plateia também curtiu um pouco de “cinema”: as luzes se apagaram e foi apresentada uma parte da mini-série “A Vida Como Ela é” (A dama da lotação), baseada na obra de Nelson Rodrigues.
As cenas fizeram parte da palestra de Mayana Rocha Soares, cujo tema foi “Representações Sociais e Gênero em Nelson Rodrigues: as santas (e) putas rodrigueanas”.
As crianças tiveram que ser retiradas nesse momento, pois foram cenas picantes.
Outra inovação foi a apresentação do evento, realizada pela escritora e poeta Renata Rimet, primeira apresentação feminina do Fala Escritor. Renata esbanjou simpatia e jogo de cintura administrando a diversificada programação da noite, intercalando música, recital poético, lançamento de livros e apresentação de artigo. Mas a poetisa, que prefere ser chamada de poeta, também recitou, abrindo caminho para a participação do autor de “Nos Idos de 68’, “Nós da Poesia” e “Entre a Vida e Morte”, Luiz Lyrio.
Leandro de Assis também fez algo inusitado, ao lançar seu livro de forma literal para o público presente no Espaço Castro Alves da Livraria Saraiva, para a felicidade de Carla, a menina que conseguiu segurar o livro e receber o autógrafo do autor. Ele convidou ainda os amigos Alexandre Amaral criador da capa do livro, e o Valdeck Almeida, que fez o prefácio e a correção ortográfica e gramatical.
A banda Hióide, chegou me mansinho e arrancou aplausos do público presente com ótima performance dos seus vocais acompanhados apenas de um violão, surpreendendo a todos.
Vamos esperar pela edição V. A programação já está pronta com palestra, lançamento de livros e participação musical. As inscrições para o recital poético já estão abertas, pelo e-mail falaescritor@hotmail.com, blog http://www.falaescritor.blogspot.com/ e Orkut: Fala Escritor.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Reencontro


Reencontrar com Deus
É saber da minha responsabilidade
é direcionar-me a um referencial
Que foi humilhado, rejeitado, cuspido
Morreu por mim e hoje é meu amigo

Reencontrar com Deus
É espelhar-me no Seu filho
Que foi Homem
E ao mesmo tempo Deus

Sendo homem
Vivenciou tristeza
Angustia e solidão
E mesmo assim

Manteve limpo o coração
Reencontrar com Deus
É recuperar a auto-estima
É ter curado os sentimentos

Viver a cada momento
Em santidade e comunhão
Reencontrar com Deus
É aliançar-se com seu líder

Obedecendo e respeitando-o
Amando-o como a tí mesmo
Pois somente assim
Amarás verdadeiramente a Deus

sábado, 7 de novembro de 2009

Novo encontro de escritores baianos


Mais uma vez o Fala Escritor, projeto criado pelo poeta Leandro de Assis, com apoio de Valdeck Almeida, Grigório Rocha, Monique Jagersbacher, Carlos Souza e Fau Ferreira receberá a presença de mais de vinte escritores baianos e a novidade é a presença do professor e escritor Luiz Paulo L. de Araújo (Luiz Lyrio), natural de Belo Horizonte, formado em História pela UFMG, autor dos livros GRÊMIO LIVRE: UM EXERCÍCIO DE CIDADANIA (1998), NOS IDOS DE 68 (2004), ARCAS DE BATOM (2OO4) e ABDUÇÃO (2007).
Além dos lançamentos de Luiz Lyrio, estará sendo lançado o livro "Inquietações" poemas de Leandro de Assis e haverá um recital poético com os poetas e poetisas abaixo: Varenka de Fátima, Jaime Poeta, Tassio Revelat, Douglas Leal, Mirian Sales, Emerson Maciel, Jorge Filho, Magno Castro, Carlos Conrado, Sandra Stabile, Isabel Bispo, Lucymar Soares, René Atila, Malu Freitas, Renata Rimet, Valdeck Almeida, Grigorio Rocha, Monique Jagersbacher, Glauber Albuquerque, Gabriele Borges, Lenara Uchôa, Janaina Oliveira, Fau Ferreira, Priscila de Athayde, Janaina Miranda e Carlos Alberto Barreto e Vera Passos.
Apesar de ainda estar na quarta edição, o Fala Escritor já é sucesso de público e crítica no meio literário baiano, era o que os escritores precisavam um espaço para divulgar seus trabalhos, estarem em contato com o público e com outros escritores. Em meio a essa união de escritores, já surgiram várias idéias como: A criação de uma associação de escritores, criação de novas antologias poéticas, reunião para debater leis e incentivos a cultura no estado, criação de revistas literárias, além do pedido de apoio a outros projetos culturais.
Estudantes universitários e do ensino médio da Bahia já descobriram o Fala escritor, na edição anterior Bruno Máriston do nono ano do ensino médio do Colégio da Polícia Militar teve seu poema recitado pelo idealizador do projeto, nesta edição a banda Hióide composta por estudantes do primeiro semestre de fisioterapia de uma faculdade de Salvador participará do evento fazendo intervenções musicais. Ainda há o interesse de alunos do curso de direito de outra universidade em levar os escritores até o espaço da faculdade para apresentarem seus trabalhos.
O Movimento Literário na Bahia vem crescendo aos poucos, com vários eventos ligados poesia, a literatura e a outros tipos de arte que envolve a escrita, como o teatro e a música. Tanto na capital quanto no interior essa efervescência literária pode ser notada devido ao trabalho de grandes escritores ainda anônimos a grande mídia que tem se dedicado ao árduo trabalho de promover eventos sem patrocínios ou apoio do estado.
Ficamos na torcida para que esse movimento possa deixar sua marca na história da cultura baiana e que apareçam para o Brasil novos Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro, Castro Alves e outros excelentes escritores que nascido na Bahia despontaram para o Brasil e para o mundo.
O evento será realizado no dia 14 de novembro, às 18 horas, na MegaStore Saraiva Salvador Shopping, no espaço de eventos da livraria chamado: Espaço Castro Alves.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


Chegou a minha vez
A minha hora de recomeçar
Voltar a andar nos caminhos do Senhor
Adorando o Seu santo nome
Buscando a Tua face
Fazendo a Sua vontade
Ouvindo a Sua voz
Deleitando-me em Tua presença
Louvando Teu santo nome
Amando aos meus irmãos
Dando a outra face
Perdoando aos que me ferirem
Orando pelos que me maldizem
Chorando com os que choram
Doando aos que não tem
O alimento de cada dia
O amor que nos irradia
Mas falando do Senhor
Aquele que alimenta
O coração do homem
Com palavras de sabedoria
Com palavras de amor
Recebi em meu coração
A presença do Senhor.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Transformação


Antes confiava em mim,
Hoje confio no Senhor,
Vivia cheio de si
Hoje cheio do Teu amor.

Era indeciso e infiel,
Agora sei o que quero.
Ser um servo fiel,
E assumi meu Ministério.

Já fui escravo do labor,
Hoje, servo do Senhor.
Onde antes operava a dor,
Hoje opera o Teu amor.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Razão de Viver


Com Deus sempre estarei
Pois sem, não sei viver.
E sempre que tentei,
Descobri o que é sofrer.

No escuro e sozinho,
Operava a solidão.
Na luz e com Cristo,
Tenho um novo coração.

Agora eu sou feliz,
Tenho razão de viver.
Pois Deus sempre me diz
Filho, Eu amo você.

sábado, 24 de outubro de 2009

Prefácio do meu livro

A poesia de Leandro de Assis permeia a sociedade, os problemas do cotidiano de toda grande cidade brasileira. Transporte, desemprego, sistema de atendimento médico-hospitalar, violência, drogas, habitação, desestruturação familiar e tantos mais.
O poeta tem um ouvido e um olho a mais, ele capta o que se passa ao seu redor, decodifica e transforma em arte, em denúncia, em grito de alerta. Assim é Leandro, assim são as palavras-labirintos deste livro... Além da preocupação terrena, com a falta de comida e de ar para respirar, os escritos deste poeta nos chama para uma solução viável: Deus! Seus cânticos agradecem, pedem, clamam e convida o leitor a uma comunhão com o outro, com o próximo, lição que Jesus nos ensinou mas que, devido ao atribulado do sobreviver, nem sempre nos lembramos...
A arte não pode prescindir mais da realidade, da comunidade. Leandro está muito bem inserido neste contexto, tem os pés fincados no chão, na praça e nas ruas de seu bairro de nascimento e onde vive até hoje: Plataforma lhe serve ao mesmo tempo de morada e de inspiração, tão linda que é esta parte da cidade do Salvador!

Valdeck Almeida de Jesus
Escritor, Poeta, Estudante de Jornalismo


Lançamento: 14 de Novembro de 2009

Local: MagaStore Saraiva Salvador Shopping

Hora: 18:00 horas

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Como vencer a pobreza e a desigualdade


A pobreza e a desigualdade são temas discutidos em todos os países, sejam eles desenvolvidos ou em processo de desenvolvimento industrial. Isso se deve a desigualdade na distribuição de renda, a discriminação entre os seres humanos e também ao individualismo exacerbado da população atual, pois a maioria preocupa-se apenas com o seu próprio bem-estar não se importando com seu próximo.

Sendo assim, a melhor forma para vencer esse problema mundial é através de pesados investimentos públicos na educação e no planejamento familiar, além de uma pressão constante da opinião pública sobre o Congresso Nacional, cobrando rapidez na tramitação das leis referentes a melhorias na educação básica, e também de nível superior.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 1991 até 2000 o número de jovens entre 10 e 14 anos que foram mães pela primeira vez cresceu 93,7%, sendo a maioria dessas adolescentes pobres e sem acesso a métodos contraceptivos e nem informação adequada sobre eles. Por isso, essas crianças não nasceram num lar preparado para elas e tiveram que se adequar às condições que encontraram: a pobreza!

Aliados aos investimentos na educação e as informações sobre métodos contraceptivos, é preciso uma ampliação da atividade econômica e a busca intensa de todos os paises pelo desenvolvimento auto-sustentável, o fortalecimento da cidadania e a erradicação do racismo, doença moral que atinge todos os países.

Com a tomada dessas medidas, será enorme o avanço para a vitória frente à pobreza e a desigualdade no mundo, pois se quebrará um circulo vicioso que é o de crianças que nascem de mães adolescentes pobres, que estudam em escolas públicas de péssima qualidade, com professores mal remunerados e por isso, não tem oportunidade de um bom emprego. Sem contar que ainda são discriminadas devido à cor de pele, condição social e outros fatores.

No Brasil, no ano de 2006, o governo Lula assinou uma medida provisória regulamentando o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica, porém o que adiantou isso ter sido feito se até o momento os professores ainda são mal remunerados e têm péssimas condições de trabalho, a merenda escolar ainda é desviada, existe violência e falta de segurança nas escolas? Temos escolas em bairros periféricos sem professor e professor “sem escola para ministrar aulas”, pois não se submetem a arriscar suas vidas em bairros violentos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cansei de Seleção



Eu já estou cansado de tantas entrevistas
Já estou cansado de desenhar casinhas em folha de papel
Já estou cansado de desenhar pessoas no chão
Por favor, me liberem desses exames psicológicos;
E ainda pedem: Escreva uma carta de solicitação.
Querem que eu me humilhe
Então, por favor, me dêem um emprego
Nada de autônomo, é exploração
Eu quero minha carteira assinada
No fim do ano, pretendo casar com minha namorada
Eu sou cidadão, eu sou cidadão, eu sou cidadão

Já estou cansado de pedir dinheiro emprestado
Pra participar de seleção
São mais de cem pessoas pra uma vaga
Decepção
Por favor, indiquem-me, por favor, indiquem-me,
Por favor, indiquem-me
Mas não pra seleção.

É uma semana inteira de pura enrolação
Gasto o que não tenho
E depois me dizem: Aguardem nossa ligação
Mentira, mentira
Então fico em casa esperando
Aflito, aflito, aflito

Deixo de ir à praia
Deixo de ver o mar
Deixo de jogar bola
Esperando a tal
Empresa ligar
E nem um retorno
Pra dizer:
Não foi você.

Já estou cansado
Já estou cansado
Já estou cansado
de seleção.
Poema publicado no livro Eu sou todo poema em junho de 2007.

domingo, 11 de outubro de 2009

Fala Escritor


Ontem a noite, na MegaStore Saraiva Salvador Shopping, aconteceu a III edição do Fala Escritor e como nas edições anteriores foi um evento cheio de surpresas. Na palestra “Machado de Assis e Profissão do Escritor”, Carlos Alberto Barreto falou sobre as dificuldades que os profissionais do livro passam, pois não há uma regulamentação da proffisão de escritor, escritor não se aposenta, não tem registro em carteira e malmente consegue conviver apenas do seu trabalho artístico intelectual.


Barreto convidou Valdeck Almeida de Jesus, vice presidente da Câmara Bahiana do Livro para dar sua opinião sobre o assunto, além dele, participaram também, Jaime Poeta e Malu Freitas.
Nesta edição, assim como nas outras, apareceram poetas que inscreveram-se na hora do evento para o recital e assim tivemos dezoito poetas mostrando sua arte, vamos aos nomes:


Isabel Bispo, Lucumar Soares, Sandra Stabile, Malu Freitas, Leandro de Assis, René Átila, Varenka de Fátima, Renata Rimet, Monique Jagersbacher, Tássio Revelat, Luís Ramos, Valdeck Almeida, Lucelma Oliveira, Vera Passos, Priscila de Athaides, Jaime Poeta, Ildo Simões e Carlos Alberto Barreto.


Estava presente também o jovem escritor e poeta Bruno Máriston, estudante do nono ano do ensino médio no Colégio da Polícia Militar_Lobato, Bruno Máriston, que teve seu poema Violência recitado pelo idealizador do evento Leandro de Assis. No poema, Máriston fala que “gostaria de ver o mundo com muita paz e mais decência, onde todos se unissem e desse um basta na violência”. Contamos ainda com a presença dos escritores, Carlos Souza, Alexandre Amaral e da escritora Fau Ferreira, uma das organizadoras do evento.


Além dos livros Diário de Rafinha de Léo Dragone e do Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, que já estavam programados, foi lançado o livro O Vampiro da Internet de Licínia Ramizete, que foi públicado pela editora gaucha Fábrica de Leitura. Os livros de Léo Dragone e Valdeck Almeida de Jesus estão disponíveis na Saraiva e o da Licínia Ramizete na Siciliano Iguatemi.Mais uma vez tivemos a honra ter conosco os músicos Carlos Ventura e Rick Vieira que encerraram a programação com interpretações de outros artistas e também com suas composições.


Desta vez a apresentação ficou por conta de Grigório Rocha um dos organizadores e autor do blog Poesia do Absurdo: http://poesiadoabsurdo.blogspot.com/

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

POSTAGEM DUPLA, LEIA PRIMEIRO A DE BAIXO

Mas nem sempre as coisas são assim
As vezes, por não ser planejada
Essa criança é rejeitada,
Antes mesmo de nascer.
Uma tesoura lhe é enfiada
Ou um pedaço de ferro qualquer
Ela grita, mas não é escutada
Pois está na barriga de uma mulher
Como entender?
Alguém que prega a não agressão
Que cuida do meio ambiente
Que não joga lixo no chão
Que cuida de cachorro como gente
Ao ter uma vida em suas mãos
Toma essa decisão
Será mesmo que uma vida
Vale menos que o meio ambiente?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nascimento de uma criança


O nascer de uma criança é um dia de festa
A mãe toma a criança em seus braços e chora
O pai, liga para os amigos e diz: Nasceu, meu filho nasceu
Dá um churrasco e comemora esse dia lindo.

Os avós, babam mais que a criança
Admirando aquele bebê, sua descendência
Procura-se semelhança nas feições do rosto
"Nossa olha a boquinha é igualzinha a da mãe.

O primeiro abraço de mãe e filho é inesquecível
A criança nua e frágil em seus braços
Respirando pela primeira vez por sí só
Então ela diz em alto e bom som:
Meu filho, obrigado Senhor, obrigado meu Deus.







terça-feira, 22 de setembro de 2009

Agilidade de um homem


Estava distraído e na minha distração
Não percebi um baleiro vendendo doces
Mas logo após uma curva prestei atenção
Pois quase ele caia se agil não fosse.

O ônibus estava vazio e todos sentados
Só ele de pé, com mochila e saco de balas
Cena normal, mas todos abismados
Era cego aquele que oferecia as balas.

Não que um cego mereça pena
É uma pessoa normal como outra qualquer
Mas qualquer um que tivesse visto a cena
Sentiria-se incomodado ao vé-lo de pé.

Após as curvas em alta velocidade
O baleiro cego equilibou-se
Voltando tudo a normalidade
Ele continuou vendendo seus doces.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fala Escritor

Recital Poético: -Nádia Cerqueira, Buzzy de Carvalho e Nara Góes apresentam: Renascer Poético
-Alexandre Amaral
-Renata Rimet
-Carlos Alberto Barreto
-Leandro de Assis
-Monique Jagersbacher
- Grigório Rocha
-outros...

Palestra: Marketing pessoal para escritores _ Carlos Souza

Lançamento: Antologia Alma Brasileira _ Sandra Stabile.

Participação musical: Carlos Ventura e Rick Vieira

Serviço:

O que: Fala Escritor
Onde: Mega Store Saraiva Salvador Shopping
Quando: Todo segundo sábado de cada mês
Próximo: 12 de setembro

Contatos:

Leandro de Assis
E-mail:
leandroicp@hotmail.com
E-mail:
falaescritor@hotmail.com
71 8831-2888 e 8239-0818

domingo, 19 de julho de 2009

"Coisa de Mulher"

Cheguei cheio de vontade
De sair para passear
Mas ela dispensou-me
Disse: "pode relaxar"!

Hoje não estou afim
Em casa quero ficar
Dando banho nos cachorros
E com roupas pra lavar.

Eu nem acreditei
No que estava ouvindo
O que eu poderia fazer?
Atendi o seu pedido.

Assim é a rotina masculina
Trabalha a semana toda
E quando quer sair com sua menina...

Mas tudo bem,
No próximo domingo
Já sei o que fazer
Jogar o velho e bom futebol...

rsrsrs título entre aspas tá meninas rsrsrs

quarta-feira, 15 de julho de 2009

GOSTOSA


O prazer da sua presença

O sabor de seus beijos

Aquele abraço apertado

Que nos provoca desejos.


E mesmo distante de ti,

Sinto o calor do teu corpo

Aquela falta de espaço entre nós,

Com certeza, é um momento gostoso.


Eu sei que sentes o mesmo

Eu sei que gosta de mim

E de ouvir a minha voz

Bem juntinho de seu ouvido

Dizendo assim: Gostooosaaa!!!!!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Humano...para quem erra, desumano... para quem julga!

Nessa vida todos falham
E quem falha quer uma chance
De concertar o seu erro
Ou a oportunidade
de mostrar que mudou.

Mas o que será que acontece
Pois apesar de todos falharem
Poucos estão dispostos
A aceitar um pedido de desculpas
Ou a entender que errar é humano.

Julgam como se nunca tivessem
cometido um erro;
E como sabem julgar...
Mas quando estão na situação inversa,
Dizem: "Quem nunca errou"?
"Errar é humano".

terça-feira, 30 de junho de 2009

Perdão


NOS DIAS DE NUDEZ
DE CONSCIÊNCIA CULPADA
FALTA-ME SENSATEZ
CONSCIÊNCIA EQUILIBRADA

DESERTEI-ME DE TUA PRESENÇA
EVITANDO CONSTRANGIMENTO
NESTE TEMPO DE AUSÊNCIA
APENAS DOR E SOFRIMENTO

DEUS, TÚ ÉS MINHA VIDA
A MINHA SALVAÇÃO
EM NOME DO TEU FILHO
É QUE PEÇO-LHE PERDÃO.
Esta oração, faz parte do meu primeiro livro "Eu sou todo Poema".2007



quinta-feira, 25 de junho de 2009

Acorda!

Quando se sabe o que deseja,
Corre atrás;
Quando se ama uma pessoa,
Declara-se;
Quando se almeja um objeto,
Compra-se;
Quando se quer casar,
Prepara-se;
Quem quer se formar,
Estuda;
Quando há um objetivo,
Alcança.


Mas, se não se sabe o quer,
Se desconhece um amor,
Se não há um projeto,
Ou, um objetivo à alcançar...
O que está fazendo da vida?

Acorda!

Projeto Fala Escritor


sábado, 13 de junho de 2009

Projeto Fala Escritor


Com o objetivo de unir os novos escritores baianos e incentivar a escrita, a publicação e o lançamento de livros, disseminar informações pertinentes à literatura e ao mercado editorial, o Projeto Fala Escritor foi criado pelo poeta Leandro de Assis, com a colaboração de Carlos Souza, Fau Ferreira, Monique Jagersbacher e Valdeck Almeida. Os encontros vão acontecer todo segundo sábado de cada mês, sempre a partir das 18 horas, na Livraria Saraiva do Salvador Shopping.


A programação contará com recital poético, lançamento de livros e antologias dos novos autores baianos e palestras pertinentes ao universo literário. Ao completar um ano de projeto, os poemas recitados em cada edição farãoparte de uma antologia a ser lançada, tanto no projeto quanto nas escolas públicas do estado.


No primeiro encontro, teremos a palestra "Como Publicar um Livro", ministrada por Valdeck Almeida de Jesus, além da programação abaixo:


Recital Poético: Glauber Albuquerque.


Palestra: "Como Publicar um Livro", Valdeck Almeida de Jesus.


Lançamentos:


* "Contos Diurnos" de Glauber Albuquerque

*"Fogo-fátuo" poesias simbolistas, de Carlos Alberto Barreto

* "Ecos Machadianos" (coletânea) do Movimento ArtPoesia.


Serviço:


O que: Fala Escritor

Onde: Mega Store Saraiva Salvador Shopping

Quando: Todo segundo sábado de cada mês


Contatos:

Leandro de Assis

71 - 8831-2888



segunda-feira, 25 de maio de 2009

Imprensa sacana


Na porta do Hospital Geral do Estado
Encontra-se uma equipe de televisão
Esperando a ambulância do SAMU
Trazer alguém em ruim estado

Ao abrir da porta da ambulância
O cinegrafista já aciona a câmera
E a reportér não perde tempo
Pega o parente pra ser entrevistado

Quem quer saber de desgraça?
Quem quer ver o sangue alheio?
Ninguém está achando graça
De como parte da imprensa ganha dinheiro.

Não ligam para o sofrimento
Nem mesmo para a dor humana
Pensam que é entretenimento
A desgraça da raça humana.

domingo, 17 de maio de 2009

Um olhar no futuro

Enxergar o futuro
É mais do que ter visão
É refletir nas ações do presente
Almejando a vitória sonhada
Entregando o próprio coração

É lutar e vencer obstáculos
Segurar-se nas mãos do Divino
E se algum dia cair...
Levantar sorrindo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Capa e contra-capa


Comentando o poema “Somos Iguais”:

Sentimental ♥ disse...

eu não acho q seja diferente, todo mundo é igual,
em tudo, tirando pequenos detalhes que fazem alguns
serem mais especiais q outros... e vc é assim, especial...
www.sentimentoemletras.blogspot.com


Comentando o poema “Janelas Fechadas”:

Vivi Lima disse...

Fecham-se as janelas e alguns com isso conseguem
fechar os olhos e o coração... Muito bom seu texto!!!
www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com


Delirium disse...

Profundíssimo! Um convite à reflexão do sofrimento coletivo!
As pessoas estão cada vez mais ensimesmadas, esquecendo
o próximo... E a arte é um elemento de redenção, tanto que
o autor consegue criar e rimar a partir de elementos reais e
dolorosos, mas o que mais me impressiona, é o caráter coletivo. www.poesiasdecalliope.blogspot.com


Comentando o poema "A minha vida sem você"

Silvia Cristina 21 disse...

Lindo!!!!Tua sensibilidade me encanta.Parabéns pelo poema.

Comentando o Poema “Baleiro”

Jamile Laiana de Jesus disse:

Eu amei o poema, pois fala das crianças que perdem
sua juventude trabalhando na infância.
laianamili@hotmail.com


Blog de Leandro de Assis
http://www.malungupoeta.blogspot.com
Caros leitores, enfim, enviei meu novo livro para editora. A capa é está da imagem, como vocês já sabem, postei ela anteriormente e a contra-capa selecionei as postagens acima.... agradeço a vocês e espero que não se importem rsrs...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Guerrear pra vencer

Eu vou lutar
Eu vou viver
Vou guerrear
Pra sempre vencer

Um valente a cada dia
A cada dia o seu mal
Vou guerrear pra vencer

O pobre passa todo dia por batalhas
Podes crer, nem precisa ler jornal.
Basta apenas sair de casa
Para ver, o pobre passar mal.

Numa esquina
Um garoto cheira cola
Enquanto a mãe
Pensa que ele está na escola

O que fazer com esses garotos
Que sonham em ser
Quando crescer
Igual a Marcola

Vou falar de Jesus Cristo
Vou falar do Salvador
Grande guerreiro
Inspiração, paz e amor.

sábado, 2 de maio de 2009

TERRA DE ÍNDIO


Coisa boa já foi viver aqui
Quando a terra era de índio
Com muito verde pra curtir
Não havia estradas,
nem mesmo país.

Nossos rios tinham peixes
Nossas árvores davam frutos
Não existiam desmatamentos
Nem vazamentos em oléo-dutos
Hoje, os índios vivem em reservas
E eles lutam para preservá-las
Contra aquele que as invadem
Com intenção de desmatá-las

Mas o índio não dá mole
Ela luta e com razão
Enfrentando o invasor
Seja com armas ou facão

É por isso que hoje em dia
Criou-se o seguinte jargão
"Tal lugar é terra de índio
É melhor não ir lá não".

A quinhentos anos foi mais fácil
Quando o homem branco chegou aqui
Fazendo os índios de escravos
E matando os que tentaram resistir.
Mas hoje é tudo diferente
Pois quem quiser que tente
Invadir a terra de índio
Ele estará te esperando
Todo armado até os dentes

Ainda assim não há lugar
Melhor do que terra de índio
Há muito verde e puro ar
Não é preciso condôminio.
Mas isso não é pra qualquer um
É pra quem sabe preservar
O melhor que se tem a fazer
É deixar os índios lá
Vivendo bem com a natureza
Pois entende que é o seu lar.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Brincando com meus livros


A Moreninha
Verônica decide Morrer
Só Porque Viu o Louco d’Almeida
O Queijo e os Vermes Comer

Junto com eles estavam:
O Alberto Caeiro
O Homem Que Matou Getúlio Vargas
E o Policarpo Quaresma

Viviam todos na Cidade Antiga
Onde não havia Crime ou Castigo
Onde a Propriedade
Era um Roubo

Sabiam se Comunicar com Sucesso
Administrar Conflitos Profissionais
Falar em Público
E até Educar Pessoas Surdas

Conheciam a história
Das Primeiras Civilizações
Da Grécia e de Roma
E da Idade Média

Até mesmo a História
Do Princípio, das Doutrinas
da Bíblia, de Como Deus Fala Através
dos Sonhos e de Lutero
Eles sabiam.

Mas apesar de tudo isso
Não comiam da Miscelânea
da Boa Mesa de Schot,
Livro de receitas da Moreninha

A meu ver,
Ela fez Muito Barulho Por Nada
Pois eles se preparavam
Para as Revoluções Burguesas
Era a Arte da Guerra
Mas para ela,
Era a Gota D"água
Então,Decidiu morrer!

Publicado no meu livro: Eu sou todo poema em junho de 2007

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Marquises


No comércio em baixo das marquises
E de prédios de bonita arquitetura
Podemos ver pobres e infelizes
Vivendo na rua da amargura.

Eles vivem a cada dia o seu mal
Não há planos para o dia de amanhã
Dormir com fome já tronou-se normal
E sem saber se haverá café-da-manhã.

Alguém vê uma mulher gravida e comenta
De dentro de um carro ou de uma lotação:
"A desgraçada nem se quer se sustenta
Ainda arruma mais um pra ser ladrão".

Ninguém faz nada pra ajudar
Se matar não fosse crime
Eu não quero nem pensar
Mas não haveria ninguém mais lá

Não é exagero dizer isso
Pergunta a quem vive nas ruas
Se já não houveram vário sumisos?

Há, desculpe-me,
Talvez não tenha coragem,
De conversar com eles.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Meu amor no telefone

Distraído, quando tocou o telefone
Ancioso pra saber quem era
No visor vejo a imagem bela
Meu amor, que saudade tenho dela.
Era o segundo dia distante
Desejando entre sonhos e pensamentos
Ver sua imagem, ouvir sua voz por um momento.
Atendi e logo fiquei radiante.
Falar com ela transforma o meu dia
Sua voz doce e suave quando escuto
Se triste, irradia a alegria
Pena que só falamos por minutos.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

A extinção do amor

Gostaría de falar de amor
Mas as circunstâncias não permitem
Todos os dias vemos o horror
Coisas que as emissoras transmitem.

Corpos perfurados muito sangue pelo chão
Tiram nossa sensíbilidade, nos deixam frios
Pedófilos espancados, muitos tiros num ladrão
Almoçamos assistindo e nem sentimos caláfrios.

Passamos dias sem ouvir falar no amor
Ah não ser quando encontramos um cristão
Ele vem ao nosso encontro falando de amor
Ele diz: Jesus te ama, ele quer tua salvação.

E pra aquele que fala de guerra, sangue e violência
Nós damos atenção e não mudamos de canal
Mas para o irmão que fala apenas de amor
Muitos dão as costas e não prestam atenção.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Excesso de velocidade

Mais uma vez fomos acionados
Logo, saímos para mais uma ocorrência
Chegando lá, nos debatemos com o estrago
Foi uma batida com violência

Um carro bateu de frente com um ônibus
O cidadão do carro já não tinha vida
Três de nós tiraram ele das ferragens
Eu e Ribeiro atendemos outra vítima

Ela estava dentro do ônibus
Do outro lado da pista
Uma mulher com seus 35 anos
Com uma perna quebrada
como é que não grita?



Obs: Segundo um motociclista, o carro havia passado
por ele com + ou -160 km/h instantes antes da batida.

Se beber não diriga e mesmo sem beber não ultrapasse
os limites de velocidade.

sábado, 21 de março de 2009

Salvador da Ignorância




Nessa Salvador da ignorância
De ricos que desmatam
De Postos (de) sem Saúde
De Políticos que não discutem
O futuro da nossa cidade.
Os médicos não têm educação
Os pacientes já não têm paciência
Os pobres estão morrendo no chão
Coitados dos que estão na emergência.
Cidade vendida para turistas
Que vem atrás de carnaval
Curtem a festa, mas deixam doenças
Todo mundo sabe, depois de fevereiro
É tempo de viroses e de passar mal
O transporte público é lamentável
Mas só sabe quem necessita usar
E o Secretário que anda de carro
Não é visto na Estação Pirajá!

Este ano o nome dado a virose que assolou
a população da cidade após o carnaval foi Dalila.
Nos "Postos [de] sem Saúde da cidade quem não
está com dengue está com dalila.

Douglas

Lá se foi mais um jovem
Desta vez, irmão de um amigo
Que ao meu lado estavas quando
Informaram-lhe o acontecido

Largou as pressas o telefone
Correu pro local do acidente
Chegando lá triste noticia
Seu irmão falecerá anteriormente

No trabalho continuei
Sem saber o que aconteceu
Pois saiu com tanta pressa
Que tempo não se me deu

Mas tarde fiquei sabendo
O que foi que ocorreu
A noticia se espalhou
O irmão do Sergio faleceu

Fiquei muito sentido
Com toda a situação
Havia poucos dias
Que conheci o seu irmão.

Deixo aqui minha homenagem
A este jovem lutador
Que dos amigos e da família
Recebeu muito amor.



Escrito em 2007! Aguardei passar um tempo e pedi autorização
da família para postar e/ou publicar!
Ele faleceu num acidente de moto.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Somos Iguais


Na televisão, jogava Brasil x Japão
Nas mesas eu e mais ou menos 60 surdos
De repente, gritos, uivos, pulos de alegria
Era gol do Brasil e os sinais deram lugar a emoção

Até queria assistir o replay do gol
Mas meus olhos olhavam para trás
Para o extase de pessoas como eu
Alí comecei a sentir-me normal

Comecei a assumir para o mundo
Que sou diferente mais sou igual.





Obs: Tenho perda auditiva moderada
no ouvido esquerdo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Vida de Bombeiro

Estavámos numa tarde tranquila
Pensando no que fazer nos três dias de folga
Chegando ao anoitecer do dia
Houveram ocorrências a toda hora.
Incêndios em fábrica, madeireira e vegetação
Acidente de trânsito com preso em ferragens
Quem pela tarde pensava na folga
Na madrugada já sabia o que faría
Ía dormir.
Passamos a madruga acessos
Chegamos no quartel as oito da manhã
Caí na cama, e lá se foi o meu primeiro dia.

Agradeço, afinal: Vidas Alheias,
Riquezas Salvar, com a proteção de Deus!!!!



Fiz da imagem acima uma tatuagem no braço direito.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Na direção do vento

A liberdade de pensar e fazer
O prazer de sentir e viver
A alegria de sentar e beber
Sem preocupar-se com o depois.

A direção a seguir invento
Não há norma a ser definida
Vou andando na direção do vento
Que leve-me a qualquer avenida.

O que quiseres dizer diga
Mas não garanto-lhe atenção
Estou andando na avenida
Com o vento dando a direção.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Jenelas Fechadas

Quantas vezes fechamos as janelas
Pra não ver o mal que há lá fora
Cada vez que fechamos uma delas
Uma criança na sinaleira chora.
Com fome e sem comida pra comer
O pouco que consegue cheira cola
Pra quem sabe com isso esquecer
Que precisa sobriviver de esmola.
O Brasil já não sabe o que fazer
Se constrói presídio ou se constrói escola
Enquanto isso ela está a lhe dizer
Por favor, ajude-me com uma esmola.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Natureza Humana

Escrevo o que sinto
Sinto o que escrevo
Nos escritos não minto
É sinseridade e desejo

Coisas de ser humano
Pensamentos e inquietações
Desejos e loucuras
Desvaneios e emoções

Erros e acertos
Certezas e incertezas
Intimidades e sentimentos
Coisas da natureza.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

InQuIeTo

Ser como as árvores
Que respondem ao vento
Ser como o vento
Que abre as janelas
Fecha as portas e
Faz curva em vielas


Andar pelas ruas
Sem ter aonde ir
Sair de casa só por sair
Lembrar de um amigo
Que nunca mais vi
Eu sou assim

Não fico parado
Num mesmo lugar
Quero sair,
Quero movimentar,
Passar adiante,
Ir a outro lugar.



O poema acima faz parte do meu segundo livro, cuja capa é está que apresento na imagem, em breve ele estará sendo publicado.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Assim sou eu


Não quero ouvir falar de maldição
O desejo de pecar é incontrolável
A sede pelo prazer e a emoção
Parece ser um ato lamentável.

A dor de não poder fazer isso
É tão forte que chega a irritar
Não, não vou mais controlar-me
É isso mesmo, pode críticar.

Sim, sou inconstante, sou forte e fraco
Se tenho orgulho disso? Não, não tenho
Mas e daí? Não tenho que ter nada
Quero é viver o melhor de cada dia.

Quer acostumar-se com isso?
É melhor, pois sou assim
Sempre fui assim
Não lembro-me de ter sido diferente.

Conviva comigo quando estou forte
Curta seus dias, suas emoções
Suporte-me nos meus dias de fraqueza
Minha sinceridade, é o melhor que
posso oferecer.

Essa é minha vida
Esse sou eu
Queria ser apenas forte
Ou então ficar fraco de uma só vez
Mas... é você quem escolhe
Se vai continuar, ou se vai desisitir.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eu Mesmo


Quando as pessoas que conhecemos mudam
Quando as ações são as menos esperadas
Sentimos que estamos diante de outra pessoa
A face, os gestos, as mãos, enfim o corpo pode
até ser o mesmo
Mas a alma, com certeza é outra
"Não, não, não te conheço
Você não é assim
Contigo já fui mui feliz
Mas agora... quem é você
O que você fez com aquela
pessoa linda que conheci?
Sonhos de uma vida foram investidos em você
E agora não sei mais o que fazer
Por favor, volte a ser como era antes
Volte a ser você".
Sabe de quem estou falando?
Estou falando de mim mesmo
Estou falando de você
Estou falando de pessoas como eu e você
Pessoas comuns que podem ser seduzidas
Por outro caminho a seguir na vida
Mas será que o outro é melhor?
É preciso colocar tudo na balança
Não darei a resposta, cada um sabe de sí mesmo
Eu sei de mim, estou tentano voltar a ser eu mesmo!


domingo, 8 de fevereiro de 2009


O fogo espalha-se sobre a vegetação
Nas beiras das estradas e rodagens
Motoristas vão perdendo a direção

Bombeiros são acionados de imediato
Levam a garrafa pet com água
Não para apagar o incêncio
Mas para conter a desidratação

Mangotes e mangueiras são armados
Jatos d'água em neblina são lançados
Os homens de vermelho saem molhados
O incêndio logo logo é controlado.