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domingo, 31 de janeiro de 2021

As consequências da primeira guerra mundial para o meio ambiente e o meio urbano nos países envolvidos

 

A Primeira Guerra Mundial aconteceu entre os anos de 1914 a 1918, sendo o seu estopim o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). Normalmente quando se fala nas consequências da I Guerra Mundial, destacam-se as perdas humanas e as derrotas militares e políticas, além da questão territorial.

    Mas há outro fator importante a ser observado como consequência de uma guerra que é o meio ambiente, pois os efeitos de uma guerra são devastadores, devido à emissão de metais pesados e outras substâncias que contaminam o solo, a água e o ar. Com isso ocorre modificação das paisagens naturais, perda da biodiversidade a longo prazo, seja pela presença de minas terrestres ou agentes químicos dispersados no ambiente.

    Durante a Primeira Guerra várias plantações dos países europeus foram arrasadas até mesmo a industrialização desses países foi interrompida, por isso que ao findar da guerra eles passaram a depender dos Estados Unidos para abastecer-se e organizar-se economicamente.

    O meio ambiente urbano se constitui em um ambiente artificial, transformado pelo ser humano conforme suas necessidades. Isso quer dizer que mesmo sem guerra o meio ambiente urbano já é uma consequência da ação do homem sobre o meio ambiente, adequando-o as suas necessidades, porém durante e após uma guerra esse meio ambiente deixa de atender essas necessidades.

    Durante os bombardeios da I Guerra Mundial, muitas fábricas foram atacadas, assim como linhas férreas, refinarias, pontes e represas, num tipo de ataque conhecido como bombardeio tático que visa atacar alvos terrestres considerados estratégicos para o adversário, alterando assim o meio ambiente urbano dos locais bombardeados.

   Sabe-se que as pontes ficam sobre rios e as represas já é uma alteração do meio ambiente feita pelo homem, imagina agora aviões bombardeando locais como esses, pode-se dizer que é o homem alterando o meio ambiente duas vezes construindo sobre e depois destruindo.

    Infelizmente a destruição do homem ao meio ambiente através de uma guerra não teve fim em 1918, pois tivemos ainda a Segunda Guerra Mundial onde as consequências para o meio ambiente e o meio urbano foram piores, tivemos também guerra na Bósnia Herzegovina, Iugoslávia, Iraque, Afeganistão e atualmente o Irã tem enriquecido urânio, espero que não seja para lançar bombas atômicas sobre mais nenhuma cidade, como fez os EUA.

    O país que teve o seu meio ambiente e o meio urbano mais destruído foi a Alemanha e devido a essa destruição mais as penalidades que lhes foram impostas a Alemanha teve dificuldades para se reerguer e por isso ficou com um sentimento terrível de revanche, sendo isso aí uma das causas para a Segunda Guerra.

    Hoje em dia, acredito que os países, a ONU, o Greenpeace e outras ONG’s que lutam pelo meio ambiente tem buscado soluções para que não ocorram mais esses tipos de guerra, onde não só a população é dizimada, mas também a natureza.

Referências:

http://www.comciencia.br/reportagens/2005/11/07.shtml
http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra
http://jogligidel.tripod.com/id52.html
http://www.webartigos.com/articles/32126/1/MEIO-AMBIENTE-URBANO-E-SEUS-DESAFIOS-NA-SOCIEDADE-CONTEMPORANEA/pagina1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bombardeio_estrat%C3%A9gico
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ira-tem-uranio-enriquecido-para-produzir-bomba-atomica,327413,0.htm

sábado, 30 de janeiro de 2021

Vida e Obra de Pierre-Joseph Proudhon


 
Pierre Joseph Proudhon (1809-1865) nasceu em Besançon (França), numa família pobre. Seu pai era tanoeiro e cervejeiro, os avôs por parte de pai e mãe foram agricultores livres, viveu até os doze anos nos campos, fazia pequenos trabalhos rústicos e pastoreava vacas, sendo vaqueiro durante cinco anos. A base de sua família era cristã, sendo assim também sua educação. Em seu auto-retrato pode-se notar certa nostalgia em relação aos tempos em que era criança e corria a vontade pelo campo.

Com dezenove anos saiu do colégio e foi trabalhar numa tipografia, depois tornou-se produtor por conta própria e cambista, depois de algumas semanas de trabalho em Lyon, depois em Marselha dirigiu-se a Toulon para procurar emprego. Assim foi sua vida até o ano de 1836, vivendo em oficinas, comendo o pão ganho a cada dia com o suor do próprio rosto e enviando o que conseguia para ajudar a família e contribuir com a educação dos irmãos.

Aos 28 anos ingressou na Academia de Bensançon, dando início a sua vida pública, lá ele recebia uma pensão trienal destinada a alunos que buscassem a carreira das letras ou das ciências e não tinham condições financeiras favoráveis. Proudhon venceu a concorrência, sua relação de motivos para o ingresso é emocionante, ele começa dizendo que nasceu e foi criado no meio da classe operária e termina dizendo que deseja ser o representante desta classe entre os acadêmicos.

Ele ganhou seu primeiro prêmio ao escrever sobre um personagem histórico que está contido num livro que a academia atualmente tem muito desprezado como fonte histórica, a Bíblia. Dedicou-se ao estudo das antiguidades socialistas e nela foi o primeiro lugar que ele as encontrou e recebeu aplausos por tornar Moisés filósofo e socialista. Segundo Proudhon os aplausos pouco importavam para ele, seu gosto mesmo era sua própria realização e pelo seu relatório de entrada na academia pode-se afirmar que sua realização é ver a classe operária com boas condições de sobrevivência, segundo Woodcock, a realização de Proudhon não era que a classe dominante perdesse suas condições, mas que todos tivessem as mesmas condições desta e que para isso não fosse necessário o uso do poder do homem sobre o homem. Em seu primeiro livro intitulado O que é Propriedade? Publicado em 1840 ele começa afirmando que a escravidão é um assassinato para depois transformar essa afirmação de forma dialética num novo questionamento, que é justamente o que dá título ao livro: “O que é propriedade? e da mesma forma que respondeu sobre escravidão ele diz: “É um roubo”. Ele transformou seus escritos num panfleto e logo foi intimado pelo Ministério Público de Bénsançon a comparecer ao tribunal criminal sob acusação de ataque a propriedade.

Proudhon foi o primeiro a declara-se anarquista, apesar de não ter sido o primeiro a escrever e julgar melhor a sociedade sem um governo, William Godwin (1756-1836) o precedeu repelindo de fato todo sistema social dependente de governo, mas isso não o tirou o título dado pelos historiadores de pai do anarquismo. É no mínimo intrigante O Manifesto Eleitoral do Povo publicado no Jornal du Peuple, 8-15 de Novembro de 1848 onde ele diz que os candidatos ao sufrágio popular prometeram tanto ao povo que não resta nada a prometer e que de todas as promessas nenhuma foi cumprida. Este jornal pertencia ao próprio Proudhon, foram quatro jornais no total todos fechados pelo governo devido aos seus artigos sempre violentos contra o poder. Em 1851, no Idée Générale de la Revolucion ele tece uma critica aos deputados (Proudhon foi deputado eleito em 1848 e disse dez anos depois que sua eleição foi efeito de um equívoco por parte do povo), levantando desconfiança sobre a reputação deles:

“Quem me diz que vossos procuradores não usarão de prívilégio para fazer do poder um instrumento de exploração? Quem me garante que seu pequeno número não os entregará, pés, mãos e consciências amarradas, à corrupção? E, se eles não querem se deixar corromper, se eles não conseguem ser razoáveis à autoridade, de quem me assegura que a autoridade desejará se submeter”?                                                                                                           Proudhon (1848)

As palavras de Proudhon são tão tentadoras que é difícil não comparar seus escritos com a realidade social brasileira, onde o povo, a classe operária desde as Diretas Já, escuta promessas dos seus representantes de reforma agrária, de educação de qualidade, de emprego e distribuição de renda e já não acredita em nada que venha do governo, o povo tem visto estarrecido a quantidade de dinheiro sacado das contas de Marcos Valério pelos deputados e seus funcionários e até esposa, isso leva a uma conclusão: Proudhon estava certo, quem melhor sabe o que o povo precisa é ele próprio , afinal de contas o que será prometido nas próximas eleições que ainda não haja sido prometido? Nada!

“Mas que me interessam ainda mais uma vez, todas estas eleições? Que necessidade tenho de mandatários, tanto como de representantes? E, já que é preciso que eu determine minha vontade, não posso exprimi-la sem ajuda de ninguém”?

Proudhon era um homem que se identificava com o povo mesmo quando deputado, em um de seus discursos mais polêmicos se colocou como proletariado usando o termo “nós” ao se referir a classe, deixando seus “colegas” de cabelos em pé e irados com o que estavam ouvindo.  Ele irritou também a Karl Marx ao responder a um convite de forma inesperada por este, que depois rebateu a obra de Proudhon Sistema das contradições econômicas ou Filosofia da Miséria com seu também clássico A Miséria da Filosofia.

Porque chamá-lo de “profeta” anarquista? Porque sua crítica a propriedade privada, também implica a uma crítica aos projetos comunista da época que ele considerava “exaltação ao Estado, glorificação da polícia” e a seus autores perjurava-os de "fanáticos do poder e da força central", alertava contra os objetivos retrógrados defendidos por eles, particularmente, "a ditadura da industria, do comércio, do pensamento, ditadura da vida social e privada, ditadura em todas as partes". Segundo Silva, é preciso chamar a atenção que estas críticas foram feitas na metade do século XIX, muito antes do primeiro regime de ditadura do proletariado e respondia aos pensadores revolucionários partidários do comunismo autoritário, herdeiros da tradição jacobina da Revolução Francesa, que iria influenciar também o marxismo-leninismo, motivo que dá o subtítulo deste artigo de o “profeta” anarquista.

REFERÊNCIAS:

• COSTA, Caio Túlio. O que é Anarquismo, São paulo: Brasiliense, 2004. 121p.

• CHAVES, Lázaro Curvelo. Pierre Joseph-Proudhon (1809-1865). Disponível na internet via www.URL: http://www.culturabrasil.pro.br/pjproudhon.htm#carta

• PROUDHON, Pierre Joseph. A Propriedade é um Roubo e Outros Escritos Anarquistas, Porto Alegre: L&PM, 1998. 176p.

• SILVA, Jorge E. Marxismo e Anarquismo, Duas Versões Divergentes do Socialismo. Disponível na internet via www.URL:

http://www.agrorede.org.br/ceca/edgar/MARXISMOEANARQUISMO.html

• Woodcok, George. História das Idéias e Movimentos Anarquistas, vol. 01 – São Paulo: LP&M. 280 p



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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Sêneca - A Brevidade da Vida



Li este livro achando que ele falaria sobre a morte, sobre estarmos preparados para ela. Mas na verdade este livro nos ensina a dar valor ao tempo e consequentemente a vida.

Com questionamentos e afirmações como: Quantos dias você dedica a si mesmo? Ninguém te devolverá o tempo cedido! Ninguém recupera o tempo perdido! O homem ocupado não se aprofunda em nada!

Ou então: 

"Muito breve e agitada é a vida daqueles que esquecem o passado, negligenciam o presente e temem o futuro". "Nada está mais longe do homem ocupado do que a vida..., quando chegam ao fim, percebem que estiveram ocupados fazendo nada".

Este livro é simplesmente foda, é um livro para quem quer conhecer a si mesmo olhando pro próprio passado com outros olhos, é um livro que nos dá consciência que o presente é curto, quando você me os espera ele já passou, mas se nós reconhecermos as falhas do passado, não cometeremos os mesmos erros e teremos uma vida no futuro orgulho daquilo que vivemos e estaremos preparados para a morte.

Se hoje fosse o dia da tua partida, o que você fez com a tua vida ou com o seu tempo? Cedeu para outros que nunca te devolveram? Onde você está agora é onde você gostaria de estar? A quem você serve você gostaria de servir? O que você faz é escolha sua? 

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

O Santo Inquérito


Dias Gomes me fez sorrir e lamentar durante a leitura desta obra. O sarcasmo e a perspicácia dos personagens refletem a própria alma do autor.
Santo Inquérito nos apresenta várias lições de vida. Nós faz lembrar das diversas decisões que tomamos ao longo de nossa história, vale a pena brigar pelo que é certo, mesmo que isso te custe a vida?
Você prefere ter paz ou ter razão? Você prefere vencer um debate ou fazer-se burro para ser sábio? Quando é melhor assumir uma pequena culpa que você não tem para se livrar da grande injustiça que ter razão lhe trará?
Leia este livro e reflita nas guerras que travou, nas decisões que tomou, nas respostas que deu e se tudo valeu a pena! Boa leitura!

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Foco

 


Um livro necessário nos dias atuais. Um livro que fala diretamente com o leitor sobre seu dia a dia e faz repensar atitudes e hábitos.

Um livro que tem poder para transformar a vida de uma pessoa que vive na correria, fazendo mil coisas ao mesmo tempo e não dando a devida atenção a nada.
Um livro para quem deseja melhorar nos relacionamentos interpessoais e também consigo mesmo, devolvendo o prazer pelas coisas simples, fazendo o leitor perceber que precisa viver o aqui e agora.
Daniel Goleman foca no que é importante e faz o leitor perceber que mudar é importante e urgente ou terá que conviver com perdas, traumas e esquecimentos que machucam a alma. Ajude-me a continuar este trabalho de leitura e indicação de bons livros, comprando este título através do meu link de Associado Amazon.
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Detalhes do produto:

  • Editora : Objetiva; 1ª edição (7 janeiro 2014)
    Autor:     Daniel Goleman
  • Idioma : Português
  • Capa comum : 296 páginas
  • ISBN-10 : 8539005352
  • ISBN-13 : 978-8539005352
  • Dimensões : 23 x 16 x 1.6 cm

O Poder do Hábito

 

Um livro para quem deseja não somente adotar novos hábitos, mas também para quem deseja abandonar alguns.
Um livro que nos ajuda a tomar consciência de coisas que fazemos por hábito e não percebemos e nos ajuda a criar novos hábitos de forma consciente.

Para ser mais prático, tenho observado meu comportamento ao chegar em casa, conscientemente ao entrar troco as sandálias, guardo a chave, vou até o escritório guardo a carteira e o celular, vou até o banheiro pra deixar a camisa no balde. Adquira este livro através do meu link de Associados da Amazon e me ajude a continuar este trabalho de leitura e indicação de bons livros. https://amzn.to/3iSC1kd

Essencialismo

Li este livro em novembro, foi como se estivesse assistindo reprises de minha própria vida e revendo compromissos criados e/ou assumidos sem que eu tivesse a mínima vontade de dizer sim. o livro faz um debate justo do conceito de prioridade e mostra que muitas vezes, menos é mais.
É quando você se pega pensando nas responsabilidades que você tem e o autor pergunta: Você tem mesmo? Tem que ser você? E se você tivesse dito não? Faz mais do que isso, ele te dá razões para dizer não, diz quando dizer não e principalmente como dizer não e respirar suavemente a sensação gostosa de ter se livrado de um compromisso que não deve ser seu.
Não se trata de egoísmo ou não ajudar o outro, trata-se apenas de exercer de fato o que é prioridade com mais dedicação, tempo e verdadeiro compromisso. Se trata de não esquecer reuniões, não esquecer ligações e ter tempo para amigos, família, lazer e fazer o que tem que ser feito direito.
Se você é aquela pessoa que acha que é vista como "correria", que está sempre ocupado, resolvendo mil coisas ao mesmo tempo e as pessoas vivem reclamando que você esqueceu de ligar, você esqueceu o encontro ou vive desmarcando coisas porque surgiu um imprevisto, pare tudo e leia este livro! Sua vida está uma bagunça, você precisa reorganizar e este livro vai mudar sua rotina e seus relacionamentos!
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sábado, 23 de janeiro de 2021

Impiechment não é o melhor caminho.

 Em 2014/15/16 diversos amigos me disseram que um processo de impiechment seria ruim para o Brasil, que ia quebrar a confiança no país e que investidores deixariam o Brasil. Olhando para o passado vejo que vocês tinham razão, o impiechment foi um erro, mas culpo a própria presidente pelo processo que ela recebeu, foi ela e o PT que se aliaram com Cunha e Temer para vencer eleição a qualquer custo e a conta chegou. 

Agora porém, vejo esses mesmos amigos querendo um processo de impiechment contra o atual presidente. Se um processo de impiechment após 30 anos do de Collor vocês disseram que seria ruim pro nosso país, agora vão me dizer que um processo apenas 5 anos depois do de Dilma será bom? Sabe o que eu acho, que ficar falando em impiechment arruína ainda mais o país que ainda não se recuperou do último processo.

O PIB do Brasil com Dilma em 2011/12/13 estava acima de 3% sendo que 2011 foi 7%. Com Temer e Bolsonaro sequer chegou a 2%. E toda essa merda começou em 2014 com a guerra de Cunha contra Dilma até o impiechment. Como vocês querem um novo impiechment se ainda nem nos recuperamos? Desde de 2014 que temos um PIB pífio, aumento do desemprego, aumento da informalidade, fome... 

É melhor não desgastar nosso país com mais um processo e nos organizarmos para vencer as eleições no voto. Centro, Centro esquerda, Esquerda precisam sentar, conversar e já trabalhar um nome que possa vencer nas urnas o atual presidente. Precisamos é de bons candidatos (as) e não de novas Janaínas. Outra coisa, mesmo com queda de popularidade, o louco conta com mais 30% de popularidade, enquanto Dilma tinha 8%. Não vai rolar, esqueçam isso!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Resumo do Livro A Cidade Antiga


    
   Fustel de Coulanges (1830-1889) é um dos mais importantes historiadores franceses. Lecionou na Faculdade de Letras de Estrasburgo e na Sorbonne, ocupando a cátedra de História Medieval, criada especialmente para ele. Em 1853 dirigiu algumas escavações em Chios e escreveu uma nota histórica sobre a ilha. Depois de seu retorno, ele desempenhou vários trabalhos educacionais, e adquiriu título acadêmico de doutor.

  Segundo o autor, a obtenção do verdadeiro conhecimento dos gregos e dos romanos, exige que os estudemos sem a idéia fixa de considerá-los como nós, dado o fato de sermos seus herdeiros culturais; é preciso estudá-los como se nos fossem inteiramente estranhos. Ou seja, Fustel, com isso, tem um olhar sobre a história desses povos sem preconceitos, sem anacronismos e principalmente um olhar que não visa comparar esses povos a outros com intenção de classificar como superior ou inferior, civilizado ou atrasado, explicando melhor: Ele não é etnocêntrico.

 Um outro principio que norteia os estudos de Coulanges, é a necessidade e condição sine qua non de considerar as crenças religiosas desses povos para compreender suas instituições em geral, sem o que estas surgirão obscuras, extravagantes e inexplicáveis diante de nossos olhos. Sim, e é justo isso que faz o autor, através de uma análise profunda já no primeiro capitulo sobre as crenças a respeito da alma e da morte, o culto dos mortos, o fogo sagrado e a religião doméstica.

  Fustel foi muito feliz em fazer está consideração, pois seus estudos revelam que por outro caminho é impossível compreender as instituições gregas e romanas, pois as noções de direito dessas cidades são baseadas nos costumes da religião doméstica, a propriedade, por exemplo, está vinculada ao culto doméstico, as divindades do lar, que segundo o autor são os antepassados da família que ascenderam a posição de deuses após a morte e mesmo após o óbito esses antepassados possuem seus direitos, pois, “o solo onde repousam seus mortos é inalienável e imprescritível.”

 Não compreenderíamos, por exemplo, as questões sobre casamento, divórcio e herança entre esses povos sem um estudo da alma desses povos, um estudo com intenção de conhecer aquilo em que essa alma acreditou, pensou e sentiu nos diferentes estágios da vida do gênero humano. Por isso, é que seriam coisas obscuras ou até mesmo extravagantes, pois como entenderíamos também um rei que não tinha funções políticas em alguns momentos da história, como entender que este rei era apenas o sacerdote quando temos a noção devido a ensinamentos incorretos durante nossa vida escolar, que reis são pessoas que obtém poder político e absoluto, generalizando assim, sem fazer um estudo especifico sobre os reis, épocas de reinado, lugar e cultura. 

  Até mesmo para entender a formação das cidades desses povos é necessária a compreensão das crenças religiosas, pois cada família tinha um culto especial do qual estranhos não era bem vindos, poderiam profanar o templo ou o culto, duas tribos também não podiam se fundir, as famílias só passaram a associar-se entre si, com a condição de que o culto de cada uma fosse respeitado. Porém essa associação só era possível se houvesse um deus em comum entre as famílias, pois, com certeza, é certo que foi o culto que constituiu o vínculo dessa nova associação. E, segundo Fustel “No dia em que se fez essa aliança, a cidade começou a existir”.

 A Cidade Antiga, devido a toda essa contribuição para o entendimento não apenas das instituições gregas e romanas, mas também dos aspectos particulares do culto doméstico, do direito privado e civil, da formação das cidades e das relações entre elas, é de fundamental importância para todos os estudantes de história, direito, filosofia, sociologia, teologia e outras ciências humanas, também é uma obra que considero importante para ser lida por não acadêmicos, pois nela encontramos exemplos de respeito à família, a propriedade e ao culto dos outros.

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