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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Cabos eleitorais contribuem para o descaso com as comunidades

    
     Estamos próximos de mais um ano eleitoral, para muitos cidadãos um ano de mudança no quadro político municipal e para muitos políticos a prova final, quando saberão se agradaram ou não seus eleitores. Porém tem uma terceira classe de cidadão que espera ansiosamente o ano de eleições, o Cabo Eleitoral. Ele é a derrota da comunidade, pois não pensa coletivamente ele quer que a coletividade o veja, por isso está sempre se gabando “eu fiz, eu sou, eu faço, eu solicitei, se não fosse eu, eu...Este tipo de cidadão não tem interesse em se aproximar do povo, o que ele quer mesmo é aproximar-se de políticos de carreira visando benefício próprio, emprego em empresas públicas ou assessoria parlamentar.        
          
     Para isso, abusam do eleitor, faz dele uma mercadoria que ele possui (eu tenho tantos votos na comunidade), esses votos eles conseguem de diversas formas, uma delas é atribuir ao seu candidato uma obra realizada pela prefeitura, outra é dar a entender que determinada obra só irá acontecer se o seu candidato se eleger, em alguns casos esses cabos eleitorais se tornam dirigentes de entidade comunitárias ou associações sem associados das quais são presidentes vitalícios para angariar verbas do poder público através da influência do seu político de carreira e aproveita-se dessa verba para comprar os votos do povo com cestas básicas, vale gás e pagamento de energia elétrica. Muitos se deixam enganar por essas aves de rapina que fazem política da pior forma possível, enganando e usando o povo em benefício próprio.


     As comunidades precisam se organizar para encerrar a carreira dessa gente, precisamos de Associações de Moradores sérias, com estatuto registrado em cartório, eleições, chapas e transparência no processo eletivo. Segundo o comunicador Leonardo Furtado, um verdadeiro líder comunitário é alguém que não busca seus próprios interesses e sim o interesse da comunidade, ele se destaca pela forma de organização que implementa na comunidade, buscando sempre criar um nível de consciência crítica junto a população.

Leandro de Assis
Professor de história, poeta e morador de Plataforma. 

Foto: A Tarde 13/10/2007)

terça-feira, 17 de outubro de 2017

PLATAFORMA PEDE RESPEITO

Falta de respeito, é o que define o comportamento da Prefeitura de Salvador e do Governo do Estado com o bairro de Plataforma e seus moradores. A Travessia Plataforma-Ribeira depois de anos abandonada foi reinaugurada pelo ex-prefeito João Henrique no 458º aniversário de Salvador no ano de 2007. Porém, em sua segunda gestão, o terminal marítimo de Plataforma foi literalmente abandonado, as passagens eram cobradas apenas no terminal da Ribeira e a ação do tempo e do salitre tratava de acabar com a estrutura do local.

Em julho de 2014, após anos de total abandono, permissionários das embarcações que faziam a travessia Ribeira-Plataforma resolveram suspender as atividades alegando não haver estrutura mínima de segurança no local e também infraestrutura no terminal de Plataforma, mais uma vez centenas de pessoas que utilizam o serviço ficaram prejudicadas. No dia 30 de setembro daquele mesmo ano, após passar por uma reforma, o prefeito ACM Neto reinaugurou o terminal de Plataforma e reativou a travessia.

Mas, como bem diz o ditado popular, alegria de pobre dura pouco e parece que nossos gestores adoram perpetuar essa máxima. Após a grande tragédia ocorrida na Baía de Todos os Santos com a lancha Cavalo Marinho I, a Prefeitura de Salvador resolveu suspender a Travessia Plataforma-Ribeira no dia 7 de setembro deste ano e para o nosso espanto anunciou que o fechamento é por tempo indeterminado. Ou seja, o povo de Plataforma que já tem essa experiência com o Governo do Estado que fechou o Posto de Saúde por tempo indeterminado agora terá este mesmo tratamento do Prefeito ACM Neto.


Para quem não lembra, a situação foi muito parecida, o Posto de Saúde de Plataforma foi fechado logo após uma reforma que custou aos cofres públicos cerca de R$ 1,2 milhão em 2009. Desde então o povo de Plataforma é enganado com promessas de reabertura que nunca se concretizam. Não há explicação plausível para essa atitude de nossos governantes com o bairro de Plataforma, falta de respeito com nosso povo é a melhor definição, isso é uma vergonha. 

Leandro de Assis
Professor de história, poeta e morador de Plataforma. 

Créditos:

foto 1: Prefeitura
foto 2: Almiro Lopes
foto 3: A Tarde